Sábado, 24 de Maio de 2025
22°C 37°C
Teresina, PI

Tribunal nega agravo da Humana Saúde e garante continuidade de cirurgia à beneficiária em tratamento iniciado antes do cancelamento do plano.

Decisão reforça a obrigação das operadoras de planos de saúde em garantir a continuidade do tratamento médico, conforme entendimento do STJ.

Por: Redação 2 Fonte: TJPI
17/04/2025 às 16h00
Tribunal nega agravo da Humana Saúde e garante continuidade de cirurgia à beneficiária em tratamento iniciado antes do cancelamento do plano.
Des. Agrimar Rodrigues

Entenda o caso

Trata-se de Agravo de Instrumento interposto pela Humana Saúde, contra decisão que concedeu tutela de urgência em ação proposta para garantir a realização de cirurgia de abaixamento por videolaparoscopia no prazo de cinco dias sob pena de multa diária.

A operadora alegou que a autora estava em período de carência em novo contrato de plano de saúde firmado em dezembro de 2024 e que esse contrato foi posteriormente cancelado em fevereiro de 2025 por falta de documentação. Defenderam que não havia urgência no procedimento e que não existiria mais vínculo contratual com a autora solicitando a revogação da tutela antecipada e concessão de efeito suspensivo à decisão.

 

Entendimento do TJPI

O relator, Desembargador Agrimar Rodrigues, manteve a decisão de primeiro grau negando provimento ao agravo e destacando que a autora já se encontrava em tratamento médico antes do novo contrato e que a cirurgia solicitada era parte do tratamento em curso, o que impede a rescisão unilateral por parte da operadora ainda que se trate de plano coletivo conforme entendimento pacificado pelo STJ no Tema Repetitivo 1082.

Ficou assentado que a continuidade do tratamento deve ser assegurada até a alta médica desde que o beneficiário arque com as mensalidades pois a proteção à saúde e à vida deve prevalecer sobre interesses econômicos.

Além disso, reforçou que a suspensão do tratamento causaria risco irreparável à saúde da autora sendo a irreversibilidade do dano um fator determinante para manter a tutela deferida. Com base no artigo 932 IV b do CPC e no entendimento vinculante firmado pelo STJ o relator julgou monocraticamente improcedente o recurso mantendo a obrigação da operadora em custear o tratamento.

 

Fonte e Jurisprudência:

Fonte: Processo nº XXXXXXX-XX.2025.8.18.0000

Jurisprudência:

Artigos 927 III e 932 IV b do Código de Processo Civil

Artigo 196 da Constituição Federal

Tema Repetitivo 1082 do STJ (REsp 1.842.751/RS)

STJ - AgInt no REsp 2107512 SP

STJ - AgInt no AREsp 2418994 SP

STJ - AgInt no AREsp 964.858 SP

Súmulas 83 do STJ e 735 282 e 356 do STF

 

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Des. José Gomes
CONSUMIDOR Há 5 horas

Tribunal rejeita pedido de nulidade em ação contra banco por reconhecer validade de contrato e repasse bancário.

Decisão reforça a aplicação do Código de Defesa do Consumidor, mas destaca que a autora não comprovou ausência de recebimento dos valores nem apresentou indícios suficientes para invalidar a contratação.

Des. Lucicleide Belo
CONSUMIDOR Há 23 horas

A contratação eletrônica com uso de biometria e geolocalização não supre a exigência legal de formalização com testemunhas, especialmente quando a parte contratante é idosa e hipervulnerável.

A ausência de formalização válida torna o contrato juridicamente ineficaz e impede os descontos em benefício previdenciário, caracterizando cobrança indevida.

1ª Turma Recursal
PRESCRIÇÃO Há 1 semana

Tribunal mantém sentença que extinguiu execução, aplicando o prazo de prescrição de três anos para caução locatícia, em conformidade com a jurisprudência do STJ.

A caução prestada no contrato de locação possui natureza acessória e se vincula às obrigações locatícias, sujeitando-se ao mesmo prazo prescricional dos aluguéis e seus acessórios.

Des. Agrimar Rodrigues
CONSUMIDOR Há 1 semana

TJPI considera indevida a negativação de paciente por cobrança hospitalar e determina sua exclusão do cadastro de inadimplentes.

Plano de saúde deixou de cobrir medicamento prescrito para doença rara, e hospital tentou cobrar diretamente da paciente após a alta, resultando em negativação indevida.

1ª Turma Recursal
AUSÊNCIA DE PROVAS Há 1 semana

A ausência de comprovação de vício no produto impede o reconhecimento de qualquer abalo moral indenizável, sendo necessária prova efetiva da lesão alegada.

O dano material não pode ser presumido, devendo ser comprovado documentalmente, o que não ocorreu no caso, pois não há nos autos nota fiscal da compra da água.

Lenium - Criar site de notícias